Amo minha mãe mais que tudo nessa vida. Minha maior tristeza na prisão é não saber como ela está. Do meu pai eu não tenho o que falar, pois nos deixou quando eu tinha 5 anos de idade e as lembranças que tenho dele não são boas. Estudei até o nono ano, aos 13 anos engravidei e depois me casei. Tive mais 3 filhos e acabei me separando.
Fui envolvida em uma crise familiar delicada com esse ex-marido, que me rendeu a condenação há 35 anos de prisão. Hoje, na cooperativa criada pelo Instituto Humanitas360 no Maranhão e apoiada pela Tereza, eu não me sinto presa. Temos apoio espiritual e assistência social. Eu amo bordar e o melhor de tudo é poder ensinar as outras mulheres que participam do projeto. Um dia, quando eu sair da penitenciária, vou praticar tudo que aprendi aqui na cooperativa.
{Eu estudei até o 1º ano do ensino médio, e cheguei a trabalhar como estagiária na Prefeitura de São Bernardo do Campo, mas acabei me desencaminhando e fui presa. Durante esse tempo na penitenciária, me deparei com tantas histórias tristes de companheiras se cortando e se matando. Foram anos de sofrimento e de muitos aprendizados.
Eu conheci a cooperativa criada dentro da prisão pelo Humanitas360 através da Flávia Maria. Graças à cooperativa comecei a crescer, batalhando para ser alguém na vida e mostrar para a sociedade que, independentemente de onde saímos, aqui fora tem alguém de braços abertos para nos dar força para seguirmos em frente. Hoje em liberdade, sou muito grata por ter a oportunidade de continuar trabalhando com a marca Tereza.
A criação da cooperativa social aqui na Penitenciária Feminina de São Luís do Maranhão pelo Instituto Humanitas360 com apoio da marca Tereza foi uma luz no fim do túnel para mim. É um espaço onde sou tratada com dignidade dentro do sistema prisional.
Tenho orgulho de ter sido eleita vice-presidente por minhas companheiras e confiança em um futuro melhor, pois não há nada que eu mais deseje do que estar com minha filha.
Cheguei a terminar o ensino médio e trabalhar na Sabesp, fazendo a leitura de hidrômetros. Mas, através do meu pai, entrei na vida do crime, que parecia empolgante e trazia muito dinheiro. Acabei sendo presa junto com ele quando tinha 19 anos. Minha mãe, que trabalhava como faxineira, foi quem me deu suporte nesses anos.
Ouvi falar das cooperativas criadas pelo Humanitas360 na penitenciária, e quando saí, em abril de 2022, fui atrás e acabei sendo aceita no projeto. Ser abraçada pela cooperativa, e depois apoiada por um negócio social como Tereza, foi uma oportunidade maravilhosa. Isso me fez vencer o medo de ser rejeitada. Hoje, trabalho para levar a minha história e a de outras mulheres aos compradores de produtos Tereza, para mudar a visão que a sociedade tem de nós.
Aos 15 anos, conheci o único amor da minha vida, engravidei e fui mãe aos 16. Um ano depois, fiquei viúva, com um bebê para criar e uma “herança do crime”, já que passei a administrar os "negócios" do meu grande amor. Nos anos seguintes, sofri e fiz minha família sofrer. Uma história de amor com uma herança maldita. Mas amadureci muito na cadeia e me transformei.
A oportunidade de integrar a cooperativa criada pelo Humanitas360 na Penitenciária Feminina de Tremembé II apareceu quando eu estava esquecida por todos. O projeto mudou meus pensamentos. Hoje livre, estou me reintegrando à sociedade longe do crime. Faço o curso de Direito na UNICID com 50% de bolsa graças à minha boa avaliação no Enem. Sou uma mulher guerreira que, graças à marca Tereza, tirou o bom do ruim.