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Deilândia dos Santos Assunção

Eu amo bordar e o melhor de tudo é poder ensinar as outras mulheres que participam do projeto

Tenho 26 anos de idade e me encontro privada de liberdade desde 2016. Cresci em Parauapebas, no Pará, e tive uma boa infância graças à minha mãe, que cuidava de mim e dos meus irmãos com muito carinho.

Amo minha mãe mais que tudo nessa vida. Minha maior tristeza na prisão é não saber como ela está. Do meu pai eu não tenho o que falar, pois nos deixou quando eu tinha 5 anos de idade e as lembranças que tenho dele não são boas. Estudei até o nono ano, aos 13 anos engravidei e depois me casei. Tive mais 3 filhos e acabei me separando.

Fui envolvida em uma crise familiar delicada com esse ex-marido, que me rendeu a condenação há 35 anos de prisão. Hoje, na cooperativa criada pelo Instituto Humanitas360 no Maranhão e apoiada pela Tereza, eu não me sinto presa. Temos apoio espiritual e assistência social. Eu amo bordar e o melhor de tudo é poder ensinar as outras mulheres que participam do projeto. Um dia, quando eu sair da penitenciária, vou praticar tudo que aprendi aqui na cooperativa.

Amanda dos Santos Souza

Hoje em liberdade, sou muito grata por ter a oportunidade de continuar trabalhando com a marca Tereza.

Fui privada de liberdade por 11 anos e 7 meses. Quem me apoiou ao longo desse período foi minha mãe, uma mulher batalhadora que sempre esteve presente em minha vida. Já meu pai sumiu quando eu tinha 13 anos e nunca mais tivemos notícias dele.

{Eu estudei até o 1º ano do ensino médio, e cheguei a trabalhar como estagiária na Prefeitura de São Bernardo do Campo, mas acabei me desencaminhando e fui presa. Durante esse tempo na penitenciária, me deparei com tantas histórias tristes de companheiras se cortando e se matando. Foram anos de sofrimento e de muitos aprendizados.

Eu conheci a cooperativa criada dentro da prisão pelo Humanitas360 através da Flávia Maria. Graças à cooperativa comecei a crescer, batalhando para ser alguém na vida e mostrar para a sociedade que, independentemente de onde saímos, aqui fora tem alguém de braços abertos para nos dar força para seguirmos em frente. Hoje em liberdade, sou muito grata por ter a oportunidade de continuar trabalhando com a marca Tereza.

Rayane Martins Pereira

Tenho orgulho de ter sido eleita vice-presidente por minhas companheiras e confiança em um futuro melhor, pois não há nada que eu mais deseje do que estar com minha filha.

Tenho 26 anos de idade e estou presa desde 2018. Tive uma infância bastante feliz. Morava com minha avó e minha mãe e, apesar de ter um pai ausente, recebi muito carinho em casa. Estudei até o 1º ano do ensino médio, trabalhei na feira, mas tive uma adolescência rebelde. Aos 18 anos, fiquei grávida de meu namorado. Vivemos juntos por 6 anos, com muito amor e conforto, até que ele morreu tragicamente. Foi quando entrei no mundo do crime, assumindo os “negócios” do meu falecido marido, nos quais atuei até que uma escuta da polícia me trouxe para a prisão.

A criação da cooperativa social aqui na Penitenciária Feminina de São Luís do Maranhão pelo Instituto Humanitas360 com apoio da marca Tereza foi uma luz no fim do túnel para mim. É um espaço onde sou tratada com dignidade dentro do sistema prisional.

Tenho orgulho de ter sido eleita vice-presidente por minhas companheiras e confiança em um futuro melhor, pois não há nada que eu mais deseje do que estar com minha filha.

Camila Gonçalves Teixeira

Ser abraçada pela cooperativa, e depois apoiada por um negócio social como Tereza, foi uma oportunidade maravilhosa.

Fiquei presa por 8 anos e 2 meses. Minha vida sempre esteve ligada ao crime. Meu pai foi detido quando eu tinha 2 anos de idade e, com minha mãe e irmã, fomos viver com a minha avó. Aos 13, meu pai saiu da cadeia e fui morar com ele.

Cheguei a terminar o ensino médio e trabalhar na Sabesp, fazendo a leitura de hidrômetros. Mas, através do meu pai, entrei na vida do crime, que parecia empolgante e trazia muito dinheiro. Acabei sendo presa junto com ele quando tinha 19 anos. Minha mãe, que trabalhava como faxineira, foi quem me deu suporte nesses anos.

Ouvi falar das cooperativas criadas pelo Humanitas360 na penitenciária, e quando saí, em abril de 2022, fui atrás e acabei sendo aceita no projeto. Ser abraçada pela cooperativa, e depois apoiada por um negócio social como Tereza, foi uma oportunidade maravilhosa. Isso me fez vencer o medo de ser rejeitada. Hoje, trabalho para levar a minha história e a de outras mulheres aos compradores de produtos Tereza, para mudar a visão que a sociedade tem de nós.

Flavia Maria da Silva

Faço o curso de Direito na UNICID com 50% de bolsa graças à minha boa avaliação no Enem. Sou uma mulher guerreira que, graças à marca Tereza, tirou o bom do ruim.

Fiquei presa por mais de 10 anos por tráfico de drogas. Sou filha do José, ajudante geral, e da Maria, dona de casa. Quando jovem eu não curtia baladas, estudava muito e cheguei a fazer curso de datilografia.

Aos 15 anos, conheci o único amor da minha vida, engravidei e fui mãe aos 16. Um ano depois, fiquei viúva, com um bebê para criar e uma “herança do crime”, já que passei a administrar os "negócios" do meu grande amor. Nos anos seguintes, sofri e fiz minha família sofrer. Uma história de amor com uma herança maldita. Mas amadureci muito na cadeia e me transformei.

A oportunidade de integrar a cooperativa criada pelo Humanitas360 na Penitenciária Feminina de Tremembé II apareceu quando eu estava esquecida por todos. O projeto mudou meus pensamentos. Hoje livre, estou me reintegrando à sociedade longe do crime. Faço o curso de Direito na UNICID com 50% de bolsa graças à minha boa avaliação no Enem. Sou uma mulher guerreira que, graças à marca Tereza, tirou o bom do ruim.

Olá! Posso Ajudar!